O termo “diva” quer dizer divindade feminina. Ele advém do termo em latim “divus”, que quer dizer Deus/Deusa. Inicialmente, era utilizado para designar as grandes cantoras de ópera, que também podiam ser chamadas de prima donna. Na atualidade, ser Diva também pode estar ligado à ideia de Musa. As musas são entidades mitológicas da Grécia Antiga responsáveis por inspirar a criação artística e/ou científica. As Divas são, então, Deusas que inspiram. Mas inspiram o que, como e por quê? O caminho até se tornar uma diva costuma ser um percurso bastante árduo. Lady Gaga, Madonna, Beyoncé, por exemplo, têm em comum em suas histórias justamente um percurso de lutas e investimento em suas carreiras. Mas o que elas inspiram? As Divas são mulheres extremamente talentosas e muito boas no que fazem. Portanto, elas inspiram competência, força, determinação… além, é claro, de luxo e glamour. Ao produzirem os seus trabalhos e difundi-los entre seus fãs, essas Divas disseminam também esses valores, bem as ideias e os pensamentos delas.
Esse é um dos principais motivos que fazem das Divas o que elas são. Tudo o que elas apresentam, representam e vendem – não só no sentido comercial da coisa – tem ressonância na nossa cultura e na “forma de ser” que a nossa sociedade estimula e espera de cada um de nós.
Ainda nesse sentido, vale lembrar que as Divas também influenciam na constituição da identidade e na forma de “ser e estar no mundo” de algumas pessoas. Essa última pode ser genericamente chamada de subjetividade. Assim, as Divas influenciam a subjetividade de algumas pessoas. Ou seja, elas influenciam na forma como essas pessoas pensam e enxergam o mundo, como elas entendem e se colocam no mundo, a forma como essas pessoas são e estão no mundo.
Ainda nesse sentido, vale lembrar que as Divas também influenciam na constituição da identidade e na forma de “ser e estar no mundo” de algumas pessoas. Essa última pode ser genericamente chamada de subjetividade. Assim, as Divas influenciam a subjetividade de algumas pessoas. Ou seja, elas influenciam na forma como essas pessoas pensam e enxergam o mundo, como elas entendem e se colocam no mundo, a forma como essas pessoas são e estão no mundo.
Nesse sentido, há também uma interferência na formação da identidade dessas pessoas, ou seja, a forma como elas se identificam, se enxergam, se distinguem das outras pessoas. Podemos pegar como exemplo os Fentys, Little Monsters, Smilers, Beliebers e etc. Quando a pessoa se autonomeia, se identifica com uma dessas definições, ela traz para a sua identidade, valores, ideias e costumes que são singulares, que são distintos dos demais. Portanto, uma identidade.
A priori não há mal nenhum em ter a influência das Divas na formação da subjetividade e da identidade das pessoas. Na adolescência, por exemplo, isso é muito comum, pois o adolescente está consolidando a sua identidade, o seu “sentido de ser e existir no mundo” e, para isso, busca referências. O problema não está em si na influência que elas exercem, mas sim na forma como elas exercem – se influenciam a ocorrência de comportamentos saudáveis (respeito à diversidade e tolerância, por exemplo) ou de condutas de risco (uso de drogas, por exemplo). Outro fator importante é a forma como as pessoas introjetam essa influência. Ou seja, a forma como a pessoa irá entender e significar aquilo e levar para a sua vida, para os seus hábitos, costumes, ideias e pensamentos.
E por que algumas pessoas amam e outras odeiam as Divas?
A resposta para essa questão pode estar ligada a forma como as Divas influenciam na subjetividade e na identidade das pessoas. Como já dito, no mundo em que vivemos, as Divas são modelos nos quais podemos nos inspirar. Elas representam competência, talento, beleza, riqueza, luxo, glamour, poder! Em uma sociedade em que ninguém quer ser sem talento, feio, pobre e anônimo, as Divas são literalmente um produto que vende muito bem! Algumas pessoas amam e idolatram as Divas na intenção – ainda que inconsciente – de um dia deixarem de ser menos sem talento, menos feias, menos pobres, menos anônimas.
Nesse sentido, algumas pessoas introjetam a experiência com as Divas de uma forma não muito saudável. Podem-se citar os ataques e as demonstrações de violência gratuita a outras Divas, as quais são consideradas como inimigas. A resposta para esses comportamentos está na compreensão de que se aquela Diva – que ajuda a formar a identidade daquela pessoa – está sendo atacada, a própria pessoa também estaria sendo (em algum nível) também atacada, diminuída, desvalorizada, desqualificada. Quando a Diva dessas pessoas é criticada, é como se a crítica se estendesse à própria pessoa. Por isso, ela reage com violência, na tentativa de defender a sua Diva e a si mesmo. Como já dito, não há problema na influência em que as Divas exercem, apenas é preciso manter o bom senso. Se quando a sua Diva é atacada, você se sente como um Rottweiler em jejum de 10 dias esperando pela próxima refeição, ou se ainda as pessoas (amigos, pais, colegas de escola) se afastaram de você ou brigaram com você por causa da sua Diva… talvez seja a hora de parar para pensar e refletir sobre como isso tem te afetado e os prejuízos e ganhos que você tem tido. Diva nenhuma vale a nossa família, o nosso bem-estar, o convívio com as pessoas e nem a nossa saúde mental. Pense nisso!
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